domingo, 19 de junho de 2011

Existe vida após o casamento?


Ms. Silvio Gonçalves

Quando criança, nem sempre tinha vontade de comer o arroz e feijão de todos os dias. Preferia me entreter com doces e outras guloseimas. Minha mãe interpelava: "Você deve comer bem para não ficar doente". Depois que crescemos, percebemos o valor da boa alimentação para se manter saudável. Do contrário, a doença é inevitável, e uma doença não tratada, leva à morte.

O simples relato serve para ilustrar a vida no casamento. Não há relação que resista ou sobreviva, saudavelmente sem uma boa alimentação. E sabemos que, uma alimentação saudável e saborosa requer dedicação.

Muitos casamentos estão à beira do fracasso por não haver dedicação em manterem a boa saúde da relação. Além de uma comida de qualidade, isto é, uma vida espiritual sólida, vibrante e ativa, por meio da comunhão diária com o Senhor, deve-se empenhar em tornar tudo isso saboroso ao "paladar do casal". Aqui vão algumas dicas de como manter o matrimônio saudável:

  •  Pratique um diálogo atencioso e amistoso.
  •  Gaste tempo pensando em como agradar o cônjuge.
  •  Passe um tempo a sós regularmente.
  •  Assuma seus erros e peça perdão quando necessário.
  •  Cuidado com a rotina e comodismo. Faça de cada dia, um novo dia.
  •  
Existe vida após o casamento?

Sim, é claro que existe. Seu casamento pode ser maravilhoso. Cheio de vigor e beleza. Mas isso depende de você. Não deixe seu casamento adoecer. Mas se isso já aconteceu, creia, Jesus cura qualquer doença! Ame seu cônjuge. Invista em seu casamento e sejam felizes...Para sempre! Amém!

Fonte: Iap Paraná

A imagem de Deus


Por Pr. Elias Alves Ferreira
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Gênesis 1.27
O ser humano foi criado perfeito e posto num lugar perfeito chamado Jardim do Éden (Jardim das Delícias). Tudo estava em perfeito equilíbrio para o primeiro casal: vida pessoal (saúde, casamento e emoções), ecológica (havia relacionamento direto com todos os animais e a natureza) e espiritual (Deus os visitava diariamente). E, além disso, pessoalmente, refletiam à imagem de Deus. Não é para menos que o primeiro capítulo Bíblico diz: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” Gn. 1.31.

Ainda hoje, embora em muito desfigurada e pálida pelas conseqüências do pecado, pode-se perceber a imagem de Deus na humanidade. O corpo físico por que é uma máquina perfeita, a liberdade de escolha ou o livre arbítrio, a capacidade de evolução científica, e a moral espiritual quando pautada pela vontade Divina, refletem a imagem do Criador.

Nossos primeiros pais tiveram a princípio uma beleza fora do comum. Nada se compara a teoria de que foram primatas. Hoje sim, marcados pela rebeldia e distantes dos princípios do Reino de Deus, muitos se comportam como verdadeiros animais. De forma contrastante o ser humano vive a evolução científica e a involução moral.
Foi por isso, que Deus enviou Seu Filho Unigênito a fim de salvar o homem caído do pecado e transformá-lo outra vez na Sua imagem. Quando uma pessoa, independente do seu físico, estado pessoal, sexo, idade, cultura ou passado, reconhece que é pecadora, e recebe em seu coração a Jesus Cristo, que carregou todos os pecados no Calvário e as reconciliou com Deus, acontece o milagre de João 1.12 “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome.”

O Espírito Santo opera sempre nos corações, de forma intensa e ímpar, o desejo de se tornarem como Jesus. Ele ministra tudo o que Cristo fez e fará na vida de quem crê. Esse é o caminho do resgate da imagem de Deus. Espiritualmente ocorre a volta ao princípio de tudo, o Éden. O lado espiritual fica sensível e em paz. Os encontros com o Senhor são constantes pela Bíblia e oração. O convertido passa a amar a natureza como nunca por que está em perfeita sintonia com as obras de Deus. O desejo de vida é intenso e todos ao redor passam a ser objetos de seu amor. É o tão sonhado renascimento, o “nascer de novo”.

Se na terra é tão bom, e quando Jesus voltar e vivermos a imagem perfeita e eterna de Deus? É um sonho, como o de 1 João 3.2 - “...Seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é.” 

sábado, 18 de junho de 2011

A suprema garantia


Por Pr. Elias Alves Ferreira
“E eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação do século” – Mateus 28.28
Muitas são as dificuldades que nos sobrevêm, inesperadas como fortes vendavais. Nestes momentos toda a nossa vida é provada. É importante saber que todas as coisas, inclusive as más, são para o nosso bem.

Devemos saber as lições de Romanos 8.28 “...todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus...” e 1 Tessalonicences 5.18 “Em tudo, dai graças..”, mas nem sempre as situações dependem de uma definição Bíblica. O conhecimento passa a ter valor quando sai da mente, se materializa, se transforma em ações. Deixe de ser apenas conjectura ou mera verbalização e passa a ser algo visível, palpável.

A este respeito definiu Tiago “Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta”. Tiago 2.26. Em outras palavras: A fé não é abstrata, mas concreta. A fé se completa quando sai do interior, do mundo espiritual e se exterioriza no mundo material.

Mas para vivermos vitoriosamente desta forma é preciso conhecer de perto o Senhor Jesus. O Querido Salvador já havia morrido pela humanidade, derramado seu precioso sangue na Cruz e ressurgido dentre os mortos. Quarentas dias haviam passado e aproximadamente 500 pessoas sobem o monte das oliveiras na companhia do Filho do Homem. Era primavera e a montanha estava florida. Do alto podia-se avistar Jerusalém, pequenas aldeias como Betânia e Belém, partes do deserto da Judéia e outras lindas paisagens. As últimas ordens foram dadas, inclusive a grande comissão (o dever de anunciar o Seu Evangelho a todas as nações) e nos instantes finais antes de ascender aos céus, a suprema garantia da vitória: “E eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação do século” .

É garantia por que é uma promessa - “E eis que eu estou convosco”Se olharmos para a Palavra de Deus encontramos milhares de promessas e profecias e perguntamos: Qualquer delas, no tempo correto, falhou? Alguma vez Jesus falhou ou mentiu? A Bíblia não é um livro de ficção, mas os acontecimentos, personagens e locais podem ser comprovados.

É garantia por que é uma promessa pessoal – “Eis que Eu”Ele mesmo está interessado em nós e em nossa vida. Quem afirmou estas palavras não foi apenas alguma revelação ou emanação de Deus, mas alguém que o Apocalipse define como: “O Alfa e Ômega, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso”, “Rei dos Reis e Senhor e dos Senhores” Apocalipse 1.8, 19.16.

É garantia por que é ilimitada – “Todos os dias até a consumação do Século”. Jesus Cristo não está limitado pelas situações ou pelo tempo. Ele está acima de tudo e todos. Nada poderá derrotá-lo.

O Senhor não nos prometeu riquezas e isenção das dificuldades, mas prometeu a Sua presença. Estar conosco em toda e qualquer situação, a cada ano... A cada dia... A cada milionésimo de segundo!!!

Não importa as privações e adversidades. Elas sempre existiram e existirão enquanto houver este sistema de vida. Podem ser maiores que as nossas forças e capacidades, ou quem sabe o mundo inteiro, porém, jamais será maior que o nosso Deus Forte. Em nossa vida pode até faltar muitas coisas, mas jamais deve minguar a presença Divina. Obtenhamos diariamente a suprema garantia.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A fé genuína


Por Pr. Elias Alves Ferreira
"Porque eu sei que o meu Redentor vive..." - Jó 19.25.
Há tantos tipos de fé no mundo que é difícil descreve-las. Das mais simples às mais clássicas. Das que se aprendem popularmente às que são defendidas na base de conceitos filosóficos. Das que promovem a vida às que promovem a morte. O certo é que o tema sempre é fascinante. Com Jó, entretanto, aprendemos a fé genuína.

A fé genuína é elucidativa – “Porque”. Este tipo de fé jamais é complicada, misteriosa, labirintosa ou promotora de qualquer confusão. Ao contrário: É definida, útil, clara, descomplicada e prática.A fé genuína é pessoal – “eu”. Jamais a fé deve ser apadrinhada, terceirizada ou coletiva. A experiência com Deus deve ser singularizada, Ou seja, individualmente devemos ter a nossa experiência. Embora os testemunhos e os ajuntamentos sejam por demais essenciais e estimulantes. A fé genuína é consciente - “eu sei”. A fé pode ser despertada primeiro no coração, no emocional e depois atingir o racional. Mas jamais pode ser vivida apenas no emocional. Pode ser vista no físico, contudo, deve estar agasalhada no mais profundo do nosso ser, onde nada ou ninguém possa roubá-la. Ela deve atingir a estrutura mais íntima, o nosso espírito. A fé genuína é retentora, conquistadora ou possessiva – “o meu”. A fé que não retém nada e é levada ao sabor das circunstâncias não é genuína. A genuína suporta toda e qualquer adversidade, pois ao invés de ser senhora do destino é uma aluna exemplar.A fé genuína não se julga auto-suficiente, mas é dependente de um salvador - “Redentor”. O Patriarca, embora tivesse uma moral ilibada dependia de alguém que o salvasse, o libertasse, o redimisse, o justificasse, pagasse a sua dívida espiritual. Pela fé ele via Jesus que morreria por ele e o salvaria. A fé genuína aponta para um salvador real e vivo – “vive”. De que vale um salvador inoperante e morto. O Redentor de Jó era vivo, ativo, capaz de intervir no tempo certo. Foi por isso que o túmulo não deteve o Filho de Deus que ressuscitou triunfante no terceiro dia. Não é sem razão que o nome de Jesus possua tanto poder. Que hoje, mais e mais, pessoas se aproximam de Cristo para uma mudança de vida.Independentemente da situação pessoal, caminhemos e cresçamos na verdadeira fé. Porque além das vitórias terrenas alcançaremos a eternidade.  
fonte: soudapromessa

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Convite


Por Pr. Elias Alves Ferreira
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei” - Mateus 11.28
Um dia o Senhor da vida, Jesus Cristo, pronunciou palavras que até hoje julgamos ser bom demais “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei” - Mateus 11.28. Pode parecer utópico, mas todos que com fé se aproximaram, nunca se arrependeram. Jesus realmente carrega nosso fardo, nos aceita como somos e nos livra das opressões e aflições.

Quanto tempo perdemos com “amigos” que desaparecem quando temos dificuldades. Há muito que Jesus liberta aqueles que O procura e vemos isto na cura da filha de Jairo, na ressurreição de Lázaro, na transformação de água em vinho, na multiplicação dos pães...

Considerando o texto bíblico percebemos que existe um convite – “vinde”. Todo convite dá o direito de livre escolha. Pode ser aceito ou não. O Senhor nunca forçou alguém a segui-lo, mas o livre-arbítrio sempre foi respeitado. Ele só opera na vida de quem quer. De quem diz sim. Sua ação é em concordância com a individualidade. Jamais arromba a porta, porém, como cavalheiro, bate suavemente.

O convite aponta uma direção – “a mim”. Não basta procurar a Deus de qualquer forma. Tem que ser através de Jesus. Nem todos os caminhos levam a Deus. Jesus noutra oportunidade afirmou “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” - João 14.6. Ele é o único caminho, porque somente Ele, sendo Deus, humanizou-se, morreu em nosso lugar, ressuscitou ao terceiro dia, está à direita de Deus e muito em breve, buscará os seus escolhidos. Jesus não é religião, mas o Filho Eterno de Deus Pai.

Este convite é universal – “todos”. Para Ele não há acepção. Não importa idade, sexo, cultura, cor da pele, posição social. A humanidade tem uma origem, o primeiro casal do Jardim do Éden. Se existimos e agimos foi por permissão do Todo-Poderoso, que além de ser nosso Criador, deseja ser nosso Salvador.

Este convite é para o sofredor – “os que estais cansados e oprimidos”. Normalmente as pessoas são convidadas para as coisas boas, as festas. Nos momentos de euforia os depressivos e tristonhos são deixados de lado. Quem gosta de conviver com os que sofrem? Entretanto, Jesus é o amigo de todas as horas, principalmente no sofrimento, na dor, na solidão, na desesperança e no desamor. Não há problema que não possa solucionar, não há tempestade que não possa acalmar. Ele é o Médico dos médicos, o Advogado dos advogados, Rei dos reis e Senhor dos senhores. Este Cristo um dia afirmou “É me dado todo poder no céu e na terra” - Mateus 28.18.

Este convite contém uma promessa – “e Eu vos aliviarei” Quem disse isso foi o supremo Senhor da Corte Celestial. No coração que Jesus entra, não há lugar para a derrota. Nossos ombros são livres e passamos a ter o direito de caminharmos eretos, olhar ao alto tranqüilamente, desfrutar das bênçãos aqui com direito a uma mansão na Nova Jerusalém.

Aceite o convite, troque o fardo pelas Bênçãos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

E o véu se rasgou!


Por Pr. Elias Alves Ferreira
“´E eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas” - Mateus 27.51
O véu do templo era espesso e resistente. Tinha a largura de uma mão de espessura, tecido com setenta e duas dobras torcidas, cada dobra feita com vinte e dois fios. Media cerca de dezoito metros de altura por nove de largura.

Este véu era símbolo de separação. Somente o Sumo - Sacerdote, uma vez por ano, adentrava além dele para fazer sacrifício pelo povo. Guardava o lugar mais santo, denominado “Santíssimo”. Ali se revelava a maior das comunhões, um contato com a glória e a voz do Senhor. A Divindade estava representada pela Arca e o seu conteúdo: Deus o Pai pelas tábuas dos mandamentos, Deus o Filho pela vasilha de maná e o propiciatório (lugar onde era aspergido o sangue de um animal) e o Espírito Santo pela vara de amendoeira. Não obstante, os fiéis não tinham acesso.

Quando, porém, o Filho de Deus expirou na Cruz o pesado véu não suportou e rasgou-se. O fato de Cristo ter sido crucificado revela a horripilante intensidade do pecado que se encontra abrigado no coração humano. A torturante e humilhante morte foi a resposta da humanidade ao Divino Amor. Nós precisamos cair com o rosto em terra, profundamente arrependidos e envergonhados, pois a culpa não foi somente dos judeus, dos soldados romanos, da multidão escarnecedora, mas sim, e inclusive, de nossos pecados.

Este acontecimento foi uma ação de Deus, porque foi de alto a baixo. Foi um momento poderoso porque foi acompanhado de um terremoto. Foi um protesto da injustiça contra Jesus e contra a religiosidade hipócrita. Por outro lado, anuncia um tempo novo, um livre acesso à glória, à graça, à misericórdia e à presença de Deus. O escritor de Hebreus afirma: “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne.” – Hebreus 10.19,20. Esta exortação e oportunidade são para todos.

Mas houve outro rasgar do véu. Não o do templo e sim o da morte. Ocorreu depois de três dias quando o Senhor ressurgiu dentre os mortos. A ressurreição de Cristo completou o projeto de resgate para a humanidade. A renovação criativa do seu corpo, tranformou-O num ser com corpo exclusivamente espiritual e glorificado, permitindo aparecer e desaparecer aos Seus discípulos. A devoção, a doce esperança, a firme certeza do Cristão está na ressurreição porque a promessa é que todos que viverem para o Reino de Deus serão semelhantes a Jesus. Deveríamos proclamar a plenos pulmões: Temos um Salvador que está vivo e que vive em nós.

E haverá um terceiro rasgar do véu, o véu da eternidade. Quando isto ocorrer o Senhor Jesus descerá dos céus, em nuvem de glória e com seus Santos Anjos. Os que morreram em Cristo ressuscitarão e os fiéis vivos serão transformados para uma vida infinda.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Chamados para está com Ele


Texto: Marcos 3.13-19

Os Evangelhos retratam, com muita clareza, Jesus chamando um grupo de discípulos para estar com ele, aprender com ele e seguir o caminho da vivência e sinalização do reino de Deus.

Jesus tem uma relação pessoal conosco
Os discípulos são muito reais e muito diferentes entre si. Uns vêm da indústria pesqueira; outro é coletor de impostos; outro é um zelote, espécie de revolucionário da época. Seus nomes são mencionados com detalhes:
“Simão, a quem deu o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais deu o nome de Boanerges, que significa “filhos do trovão”; André; Filipe; Bartolomeu; Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Tadeu; Simão, o zelote; e Judas Iscariotes, que o traiu”. (Mc 3.16-19).
O registro minucioso dos nomes dos discípulos é significativo e reflete uma tradição muito antiga da fé cristã que aponta para a realidade de que Deus tem conosco, e nós com ele, uma relação pessoal.
O profeta Isaías expressa isso de forma belíssima ao transmitir-nos estas palavras de Deus:
“Não tema, pois eu o resgatei; eu o chamei pelo nome; você é meu” (Is 43.1).

Jesus respeita a nossa história
Ao chamar-nos pelo nome, Deus revela e usa sua própria natureza - uma natureza de amor relacional, em que cada pessoa é importante e cada situação de nossa vida recebe dele atenção particular.
É o que acontece na formação do grupo dos apóstolos. Cada um deles tem nome e pelo nome é chamado por Jesus. Cada um tem uma história e com esta é chamado para integrar o círculo dos discípulos. Cada um tem suas lutas e expectativas, e estas são restauradas e transformadas a partir do encontro com Jesus e da permanência ao lado dele.
Ainda hoje é assim. Pelo nome, somos chamados a seguir Jesus e pelo nome somos convidados e desafiados a estar e andar com ele até o fim dos nossos dias.
O discipulado é um longo caminho de amor e serviço, no qual nossa vida é restaurada e transformada para a glória de Deus. O serviço ao outro confere significado à nossa própria vida.
A escolha foi feita minunciosamente em oração
Os Evangelhos trazem detalhes da escolha dos doze. Conforme Lucas, tudo começa com oração (Lc 6.12-13):
“Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou como apóstolos...”
É como se o ato de reunir o grupo de discípulos fosse tão importante que Jesus precisasse passar um longo tempo conversando com o seu Pai.
É significativo ver a relação entre esse tempo de oração, o chamado dos discípulos e a própria razão pela qual eles são chamados, como relata o evangelista Marcos:
“Jesus subiu a um monte e chamou para si aqueles que quis, os quais vieram para junto dele. Escolheu doze, designando-os apóstolos, para que estivessem com ele, os enviasse a pregar e tivessem autoridade para expulsar demônios.” (Mc 3.13-15)

O 1º CHAMADO É PARA ESTARMOS COM ELE
Eu confesso que passei muitos anos sem perceber que a primeira razão pela qual Jesus chamou os discípulos foi “para que estivessem com ele”..
Aprender a entender que Jesus nos chama “para estar com ele” tem sido uma caminhada significativa e difícil.
Difícil porque sempre acabo achando que a relação com Jesus é operacional; que ela é melhor na medida em que “faço” mais coisas para ele e em seu nome.
Significativa porque vou descobrindo que o ativismo gera muita superficialidade e pouca relação, e que não é isso que Jesus deseja.
O que ele quer é construir conosco uma relação de intimidade e significado, onde estar com Jesus vale mais do que fazer coisas para ele e em nome dele.
Ele passou a noite em comunhão com o Pai e o Espírito, no desejo de alimentar sua comunhão com eles e deixar que esta nutrisse e norteasse a sua convivência com o grupo de discípulos vindos de diferentes histórias, mas chamados para uma experiência única de vivência do reino de Deus.
Não importa quantos anos de discipulado tenhamos, é preciso lembrar que Jesus nos chama a aprender com ele o significado de estar com ele. Estar “sem agenda e sem atividades”. Estar para descansar, estar para ser consolado, para ser reorientado. Estar para estar. É muito bom descobrir isso!

CONCLUSÃO - MARIA ESCOLHEU A MELHOR PARTE
No memorável encontro na casa de Maria e Marta, fica claro o que significa ser chamado para estar com Jesus. Enquanto Marta está ocupada com mil coisas, movida por uma grande necessidade de ser uma boa hospedeira para o Mestre, Maria senta aos pés dele, e sua atitude é reconhecida como a melhor escolha. Jesus diz que “Maria escolheu a boa parte” e que esta não lhe será tirada. (Lc.10.38-42).
Esta “boa parte” está reservada também para nós, e o caminho para ela é aprender a estar com Jesus.
Fonte: Ultimato