segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mais que vencedores


Por Pr. Elias Alves Ferreira
O Apóstolo Paulo viveu momentos de intensa angústia em relação ao seu futuro e foi justamente nesses instantes que escreveu de forma tão profunda o texto de Romanos 8.31-39.

"Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" - Nada é maior do que Deus. Não há adversário a sua altura. E Se Ele tiver oportunidade em sua vida, quem vencerá?

"Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?" - Deus não economizou nem o céu para nos salvar. O que havia de mais precioso, seu filho Jesus, foi presenteado numa cruz para todos os seres humanos, inclusive para você. Não lhe dará, porventura, as coisas materiais?

"Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica;" - Não precisamos mais ficar com a consciência pesada acerca de nosso passado. O Sangue de Jesus pode nos purificar.

"Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós;" - Não precisamos temer nada, se tivermos que comparecer diante do tribunal Divino, Jesus será o nosso Advogado. Nenhuma culpa supera o sacrifício do Filho de Deus.

"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?" - Se estivermos intrinsecamente ligados a Ele seremos superiores as dificuldades físicas, emocionais e Espirituais. As dificuldades inerentes a esta vida ficarão minúsculas diante da esperança do fulgor da glória eterna.

"Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro." - Ao lado do Soberano Senhor, não temeremos nada, inclusive a própria morte. A vida não passa de um pequeno estágio para a Eternidade.

"Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou." - Podemos e devemos ser vencedores hoje, pois somos amados por Deus. Debaixo do telhado da graça de Deus os temporais da vida não passam de suaves melodias.

"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." - Devemos ter a fé, a plena certeza, de que nada neste mundo, as que vemos e as que não vemos, nem mesmo o "inferno" todo, supera o amor que Deus sente por nós.

Seja forte, vença. Mergulhe na imensidão do amor, da bondade, da graça de Deus.

domingo, 19 de junho de 2011

Existe vida após o casamento?


Ms. Silvio Gonçalves

Quando criança, nem sempre tinha vontade de comer o arroz e feijão de todos os dias. Preferia me entreter com doces e outras guloseimas. Minha mãe interpelava: "Você deve comer bem para não ficar doente". Depois que crescemos, percebemos o valor da boa alimentação para se manter saudável. Do contrário, a doença é inevitável, e uma doença não tratada, leva à morte.

O simples relato serve para ilustrar a vida no casamento. Não há relação que resista ou sobreviva, saudavelmente sem uma boa alimentação. E sabemos que, uma alimentação saudável e saborosa requer dedicação.

Muitos casamentos estão à beira do fracasso por não haver dedicação em manterem a boa saúde da relação. Além de uma comida de qualidade, isto é, uma vida espiritual sólida, vibrante e ativa, por meio da comunhão diária com o Senhor, deve-se empenhar em tornar tudo isso saboroso ao "paladar do casal". Aqui vão algumas dicas de como manter o matrimônio saudável:

  •  Pratique um diálogo atencioso e amistoso.
  •  Gaste tempo pensando em como agradar o cônjuge.
  •  Passe um tempo a sós regularmente.
  •  Assuma seus erros e peça perdão quando necessário.
  •  Cuidado com a rotina e comodismo. Faça de cada dia, um novo dia.
  •  
Existe vida após o casamento?

Sim, é claro que existe. Seu casamento pode ser maravilhoso. Cheio de vigor e beleza. Mas isso depende de você. Não deixe seu casamento adoecer. Mas se isso já aconteceu, creia, Jesus cura qualquer doença! Ame seu cônjuge. Invista em seu casamento e sejam felizes...Para sempre! Amém!

Fonte: Iap Paraná

A imagem de Deus


Por Pr. Elias Alves Ferreira
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Gênesis 1.27
O ser humano foi criado perfeito e posto num lugar perfeito chamado Jardim do Éden (Jardim das Delícias). Tudo estava em perfeito equilíbrio para o primeiro casal: vida pessoal (saúde, casamento e emoções), ecológica (havia relacionamento direto com todos os animais e a natureza) e espiritual (Deus os visitava diariamente). E, além disso, pessoalmente, refletiam à imagem de Deus. Não é para menos que o primeiro capítulo Bíblico diz: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” Gn. 1.31.

Ainda hoje, embora em muito desfigurada e pálida pelas conseqüências do pecado, pode-se perceber a imagem de Deus na humanidade. O corpo físico por que é uma máquina perfeita, a liberdade de escolha ou o livre arbítrio, a capacidade de evolução científica, e a moral espiritual quando pautada pela vontade Divina, refletem a imagem do Criador.

Nossos primeiros pais tiveram a princípio uma beleza fora do comum. Nada se compara a teoria de que foram primatas. Hoje sim, marcados pela rebeldia e distantes dos princípios do Reino de Deus, muitos se comportam como verdadeiros animais. De forma contrastante o ser humano vive a evolução científica e a involução moral.
Foi por isso, que Deus enviou Seu Filho Unigênito a fim de salvar o homem caído do pecado e transformá-lo outra vez na Sua imagem. Quando uma pessoa, independente do seu físico, estado pessoal, sexo, idade, cultura ou passado, reconhece que é pecadora, e recebe em seu coração a Jesus Cristo, que carregou todos os pecados no Calvário e as reconciliou com Deus, acontece o milagre de João 1.12 “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome.”

O Espírito Santo opera sempre nos corações, de forma intensa e ímpar, o desejo de se tornarem como Jesus. Ele ministra tudo o que Cristo fez e fará na vida de quem crê. Esse é o caminho do resgate da imagem de Deus. Espiritualmente ocorre a volta ao princípio de tudo, o Éden. O lado espiritual fica sensível e em paz. Os encontros com o Senhor são constantes pela Bíblia e oração. O convertido passa a amar a natureza como nunca por que está em perfeita sintonia com as obras de Deus. O desejo de vida é intenso e todos ao redor passam a ser objetos de seu amor. É o tão sonhado renascimento, o “nascer de novo”.

Se na terra é tão bom, e quando Jesus voltar e vivermos a imagem perfeita e eterna de Deus? É um sonho, como o de 1 João 3.2 - “...Seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é.” 

sábado, 18 de junho de 2011

A suprema garantia


Por Pr. Elias Alves Ferreira
“E eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação do século” – Mateus 28.28
Muitas são as dificuldades que nos sobrevêm, inesperadas como fortes vendavais. Nestes momentos toda a nossa vida é provada. É importante saber que todas as coisas, inclusive as más, são para o nosso bem.

Devemos saber as lições de Romanos 8.28 “...todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus...” e 1 Tessalonicences 5.18 “Em tudo, dai graças..”, mas nem sempre as situações dependem de uma definição Bíblica. O conhecimento passa a ter valor quando sai da mente, se materializa, se transforma em ações. Deixe de ser apenas conjectura ou mera verbalização e passa a ser algo visível, palpável.

A este respeito definiu Tiago “Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta”. Tiago 2.26. Em outras palavras: A fé não é abstrata, mas concreta. A fé se completa quando sai do interior, do mundo espiritual e se exterioriza no mundo material.

Mas para vivermos vitoriosamente desta forma é preciso conhecer de perto o Senhor Jesus. O Querido Salvador já havia morrido pela humanidade, derramado seu precioso sangue na Cruz e ressurgido dentre os mortos. Quarentas dias haviam passado e aproximadamente 500 pessoas sobem o monte das oliveiras na companhia do Filho do Homem. Era primavera e a montanha estava florida. Do alto podia-se avistar Jerusalém, pequenas aldeias como Betânia e Belém, partes do deserto da Judéia e outras lindas paisagens. As últimas ordens foram dadas, inclusive a grande comissão (o dever de anunciar o Seu Evangelho a todas as nações) e nos instantes finais antes de ascender aos céus, a suprema garantia da vitória: “E eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação do século” .

É garantia por que é uma promessa - “E eis que eu estou convosco”Se olharmos para a Palavra de Deus encontramos milhares de promessas e profecias e perguntamos: Qualquer delas, no tempo correto, falhou? Alguma vez Jesus falhou ou mentiu? A Bíblia não é um livro de ficção, mas os acontecimentos, personagens e locais podem ser comprovados.

É garantia por que é uma promessa pessoal – “Eis que Eu”Ele mesmo está interessado em nós e em nossa vida. Quem afirmou estas palavras não foi apenas alguma revelação ou emanação de Deus, mas alguém que o Apocalipse define como: “O Alfa e Ômega, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso”, “Rei dos Reis e Senhor e dos Senhores” Apocalipse 1.8, 19.16.

É garantia por que é ilimitada – “Todos os dias até a consumação do Século”. Jesus Cristo não está limitado pelas situações ou pelo tempo. Ele está acima de tudo e todos. Nada poderá derrotá-lo.

O Senhor não nos prometeu riquezas e isenção das dificuldades, mas prometeu a Sua presença. Estar conosco em toda e qualquer situação, a cada ano... A cada dia... A cada milionésimo de segundo!!!

Não importa as privações e adversidades. Elas sempre existiram e existirão enquanto houver este sistema de vida. Podem ser maiores que as nossas forças e capacidades, ou quem sabe o mundo inteiro, porém, jamais será maior que o nosso Deus Forte. Em nossa vida pode até faltar muitas coisas, mas jamais deve minguar a presença Divina. Obtenhamos diariamente a suprema garantia.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A fé genuína


Por Pr. Elias Alves Ferreira
"Porque eu sei que o meu Redentor vive..." - Jó 19.25.
Há tantos tipos de fé no mundo que é difícil descreve-las. Das mais simples às mais clássicas. Das que se aprendem popularmente às que são defendidas na base de conceitos filosóficos. Das que promovem a vida às que promovem a morte. O certo é que o tema sempre é fascinante. Com Jó, entretanto, aprendemos a fé genuína.

A fé genuína é elucidativa – “Porque”. Este tipo de fé jamais é complicada, misteriosa, labirintosa ou promotora de qualquer confusão. Ao contrário: É definida, útil, clara, descomplicada e prática.A fé genuína é pessoal – “eu”. Jamais a fé deve ser apadrinhada, terceirizada ou coletiva. A experiência com Deus deve ser singularizada, Ou seja, individualmente devemos ter a nossa experiência. Embora os testemunhos e os ajuntamentos sejam por demais essenciais e estimulantes. A fé genuína é consciente - “eu sei”. A fé pode ser despertada primeiro no coração, no emocional e depois atingir o racional. Mas jamais pode ser vivida apenas no emocional. Pode ser vista no físico, contudo, deve estar agasalhada no mais profundo do nosso ser, onde nada ou ninguém possa roubá-la. Ela deve atingir a estrutura mais íntima, o nosso espírito. A fé genuína é retentora, conquistadora ou possessiva – “o meu”. A fé que não retém nada e é levada ao sabor das circunstâncias não é genuína. A genuína suporta toda e qualquer adversidade, pois ao invés de ser senhora do destino é uma aluna exemplar.A fé genuína não se julga auto-suficiente, mas é dependente de um salvador - “Redentor”. O Patriarca, embora tivesse uma moral ilibada dependia de alguém que o salvasse, o libertasse, o redimisse, o justificasse, pagasse a sua dívida espiritual. Pela fé ele via Jesus que morreria por ele e o salvaria. A fé genuína aponta para um salvador real e vivo – “vive”. De que vale um salvador inoperante e morto. O Redentor de Jó era vivo, ativo, capaz de intervir no tempo certo. Foi por isso que o túmulo não deteve o Filho de Deus que ressuscitou triunfante no terceiro dia. Não é sem razão que o nome de Jesus possua tanto poder. Que hoje, mais e mais, pessoas se aproximam de Cristo para uma mudança de vida.Independentemente da situação pessoal, caminhemos e cresçamos na verdadeira fé. Porque além das vitórias terrenas alcançaremos a eternidade.  
fonte: soudapromessa

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Convite


Por Pr. Elias Alves Ferreira
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei” - Mateus 11.28
Um dia o Senhor da vida, Jesus Cristo, pronunciou palavras que até hoje julgamos ser bom demais “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei” - Mateus 11.28. Pode parecer utópico, mas todos que com fé se aproximaram, nunca se arrependeram. Jesus realmente carrega nosso fardo, nos aceita como somos e nos livra das opressões e aflições.

Quanto tempo perdemos com “amigos” que desaparecem quando temos dificuldades. Há muito que Jesus liberta aqueles que O procura e vemos isto na cura da filha de Jairo, na ressurreição de Lázaro, na transformação de água em vinho, na multiplicação dos pães...

Considerando o texto bíblico percebemos que existe um convite – “vinde”. Todo convite dá o direito de livre escolha. Pode ser aceito ou não. O Senhor nunca forçou alguém a segui-lo, mas o livre-arbítrio sempre foi respeitado. Ele só opera na vida de quem quer. De quem diz sim. Sua ação é em concordância com a individualidade. Jamais arromba a porta, porém, como cavalheiro, bate suavemente.

O convite aponta uma direção – “a mim”. Não basta procurar a Deus de qualquer forma. Tem que ser através de Jesus. Nem todos os caminhos levam a Deus. Jesus noutra oportunidade afirmou “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” - João 14.6. Ele é o único caminho, porque somente Ele, sendo Deus, humanizou-se, morreu em nosso lugar, ressuscitou ao terceiro dia, está à direita de Deus e muito em breve, buscará os seus escolhidos. Jesus não é religião, mas o Filho Eterno de Deus Pai.

Este convite é universal – “todos”. Para Ele não há acepção. Não importa idade, sexo, cultura, cor da pele, posição social. A humanidade tem uma origem, o primeiro casal do Jardim do Éden. Se existimos e agimos foi por permissão do Todo-Poderoso, que além de ser nosso Criador, deseja ser nosso Salvador.

Este convite é para o sofredor – “os que estais cansados e oprimidos”. Normalmente as pessoas são convidadas para as coisas boas, as festas. Nos momentos de euforia os depressivos e tristonhos são deixados de lado. Quem gosta de conviver com os que sofrem? Entretanto, Jesus é o amigo de todas as horas, principalmente no sofrimento, na dor, na solidão, na desesperança e no desamor. Não há problema que não possa solucionar, não há tempestade que não possa acalmar. Ele é o Médico dos médicos, o Advogado dos advogados, Rei dos reis e Senhor dos senhores. Este Cristo um dia afirmou “É me dado todo poder no céu e na terra” - Mateus 28.18.

Este convite contém uma promessa – “e Eu vos aliviarei” Quem disse isso foi o supremo Senhor da Corte Celestial. No coração que Jesus entra, não há lugar para a derrota. Nossos ombros são livres e passamos a ter o direito de caminharmos eretos, olhar ao alto tranqüilamente, desfrutar das bênçãos aqui com direito a uma mansão na Nova Jerusalém.

Aceite o convite, troque o fardo pelas Bênçãos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

E o véu se rasgou!


Por Pr. Elias Alves Ferreira
“´E eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas” - Mateus 27.51
O véu do templo era espesso e resistente. Tinha a largura de uma mão de espessura, tecido com setenta e duas dobras torcidas, cada dobra feita com vinte e dois fios. Media cerca de dezoito metros de altura por nove de largura.

Este véu era símbolo de separação. Somente o Sumo - Sacerdote, uma vez por ano, adentrava além dele para fazer sacrifício pelo povo. Guardava o lugar mais santo, denominado “Santíssimo”. Ali se revelava a maior das comunhões, um contato com a glória e a voz do Senhor. A Divindade estava representada pela Arca e o seu conteúdo: Deus o Pai pelas tábuas dos mandamentos, Deus o Filho pela vasilha de maná e o propiciatório (lugar onde era aspergido o sangue de um animal) e o Espírito Santo pela vara de amendoeira. Não obstante, os fiéis não tinham acesso.

Quando, porém, o Filho de Deus expirou na Cruz o pesado véu não suportou e rasgou-se. O fato de Cristo ter sido crucificado revela a horripilante intensidade do pecado que se encontra abrigado no coração humano. A torturante e humilhante morte foi a resposta da humanidade ao Divino Amor. Nós precisamos cair com o rosto em terra, profundamente arrependidos e envergonhados, pois a culpa não foi somente dos judeus, dos soldados romanos, da multidão escarnecedora, mas sim, e inclusive, de nossos pecados.

Este acontecimento foi uma ação de Deus, porque foi de alto a baixo. Foi um momento poderoso porque foi acompanhado de um terremoto. Foi um protesto da injustiça contra Jesus e contra a religiosidade hipócrita. Por outro lado, anuncia um tempo novo, um livre acesso à glória, à graça, à misericórdia e à presença de Deus. O escritor de Hebreus afirma: “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne.” – Hebreus 10.19,20. Esta exortação e oportunidade são para todos.

Mas houve outro rasgar do véu. Não o do templo e sim o da morte. Ocorreu depois de três dias quando o Senhor ressurgiu dentre os mortos. A ressurreição de Cristo completou o projeto de resgate para a humanidade. A renovação criativa do seu corpo, tranformou-O num ser com corpo exclusivamente espiritual e glorificado, permitindo aparecer e desaparecer aos Seus discípulos. A devoção, a doce esperança, a firme certeza do Cristão está na ressurreição porque a promessa é que todos que viverem para o Reino de Deus serão semelhantes a Jesus. Deveríamos proclamar a plenos pulmões: Temos um Salvador que está vivo e que vive em nós.

E haverá um terceiro rasgar do véu, o véu da eternidade. Quando isto ocorrer o Senhor Jesus descerá dos céus, em nuvem de glória e com seus Santos Anjos. Os que morreram em Cristo ressuscitarão e os fiéis vivos serão transformados para uma vida infinda.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Chamados para está com Ele


Texto: Marcos 3.13-19

Os Evangelhos retratam, com muita clareza, Jesus chamando um grupo de discípulos para estar com ele, aprender com ele e seguir o caminho da vivência e sinalização do reino de Deus.

Jesus tem uma relação pessoal conosco
Os discípulos são muito reais e muito diferentes entre si. Uns vêm da indústria pesqueira; outro é coletor de impostos; outro é um zelote, espécie de revolucionário da época. Seus nomes são mencionados com detalhes:
“Simão, a quem deu o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais deu o nome de Boanerges, que significa “filhos do trovão”; André; Filipe; Bartolomeu; Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Tadeu; Simão, o zelote; e Judas Iscariotes, que o traiu”. (Mc 3.16-19).
O registro minucioso dos nomes dos discípulos é significativo e reflete uma tradição muito antiga da fé cristã que aponta para a realidade de que Deus tem conosco, e nós com ele, uma relação pessoal.
O profeta Isaías expressa isso de forma belíssima ao transmitir-nos estas palavras de Deus:
“Não tema, pois eu o resgatei; eu o chamei pelo nome; você é meu” (Is 43.1).

Jesus respeita a nossa história
Ao chamar-nos pelo nome, Deus revela e usa sua própria natureza - uma natureza de amor relacional, em que cada pessoa é importante e cada situação de nossa vida recebe dele atenção particular.
É o que acontece na formação do grupo dos apóstolos. Cada um deles tem nome e pelo nome é chamado por Jesus. Cada um tem uma história e com esta é chamado para integrar o círculo dos discípulos. Cada um tem suas lutas e expectativas, e estas são restauradas e transformadas a partir do encontro com Jesus e da permanência ao lado dele.
Ainda hoje é assim. Pelo nome, somos chamados a seguir Jesus e pelo nome somos convidados e desafiados a estar e andar com ele até o fim dos nossos dias.
O discipulado é um longo caminho de amor e serviço, no qual nossa vida é restaurada e transformada para a glória de Deus. O serviço ao outro confere significado à nossa própria vida.
A escolha foi feita minunciosamente em oração
Os Evangelhos trazem detalhes da escolha dos doze. Conforme Lucas, tudo começa com oração (Lc 6.12-13):
“Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou como apóstolos...”
É como se o ato de reunir o grupo de discípulos fosse tão importante que Jesus precisasse passar um longo tempo conversando com o seu Pai.
É significativo ver a relação entre esse tempo de oração, o chamado dos discípulos e a própria razão pela qual eles são chamados, como relata o evangelista Marcos:
“Jesus subiu a um monte e chamou para si aqueles que quis, os quais vieram para junto dele. Escolheu doze, designando-os apóstolos, para que estivessem com ele, os enviasse a pregar e tivessem autoridade para expulsar demônios.” (Mc 3.13-15)

O 1º CHAMADO É PARA ESTARMOS COM ELE
Eu confesso que passei muitos anos sem perceber que a primeira razão pela qual Jesus chamou os discípulos foi “para que estivessem com ele”..
Aprender a entender que Jesus nos chama “para estar com ele” tem sido uma caminhada significativa e difícil.
Difícil porque sempre acabo achando que a relação com Jesus é operacional; que ela é melhor na medida em que “faço” mais coisas para ele e em seu nome.
Significativa porque vou descobrindo que o ativismo gera muita superficialidade e pouca relação, e que não é isso que Jesus deseja.
O que ele quer é construir conosco uma relação de intimidade e significado, onde estar com Jesus vale mais do que fazer coisas para ele e em nome dele.
Ele passou a noite em comunhão com o Pai e o Espírito, no desejo de alimentar sua comunhão com eles e deixar que esta nutrisse e norteasse a sua convivência com o grupo de discípulos vindos de diferentes histórias, mas chamados para uma experiência única de vivência do reino de Deus.
Não importa quantos anos de discipulado tenhamos, é preciso lembrar que Jesus nos chama a aprender com ele o significado de estar com ele. Estar “sem agenda e sem atividades”. Estar para descansar, estar para ser consolado, para ser reorientado. Estar para estar. É muito bom descobrir isso!

CONCLUSÃO - MARIA ESCOLHEU A MELHOR PARTE
No memorável encontro na casa de Maria e Marta, fica claro o que significa ser chamado para estar com Jesus. Enquanto Marta está ocupada com mil coisas, movida por uma grande necessidade de ser uma boa hospedeira para o Mestre, Maria senta aos pés dele, e sua atitude é reconhecida como a melhor escolha. Jesus diz que “Maria escolheu a boa parte” e que esta não lhe será tirada. (Lc.10.38-42).
Esta “boa parte” está reservada também para nós, e o caminho para ela é aprender a estar com Jesus.
Fonte: Ultimato