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terça-feira, 14 de junho de 2011

Chamados para está com Ele


Texto: Marcos 3.13-19

Os Evangelhos retratam, com muita clareza, Jesus chamando um grupo de discípulos para estar com ele, aprender com ele e seguir o caminho da vivência e sinalização do reino de Deus.

Jesus tem uma relação pessoal conosco
Os discípulos são muito reais e muito diferentes entre si. Uns vêm da indústria pesqueira; outro é coletor de impostos; outro é um zelote, espécie de revolucionário da época. Seus nomes são mencionados com detalhes:
“Simão, a quem deu o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais deu o nome de Boanerges, que significa “filhos do trovão”; André; Filipe; Bartolomeu; Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Tadeu; Simão, o zelote; e Judas Iscariotes, que o traiu”. (Mc 3.16-19).
O registro minucioso dos nomes dos discípulos é significativo e reflete uma tradição muito antiga da fé cristã que aponta para a realidade de que Deus tem conosco, e nós com ele, uma relação pessoal.
O profeta Isaías expressa isso de forma belíssima ao transmitir-nos estas palavras de Deus:
“Não tema, pois eu o resgatei; eu o chamei pelo nome; você é meu” (Is 43.1).

Jesus respeita a nossa história
Ao chamar-nos pelo nome, Deus revela e usa sua própria natureza - uma natureza de amor relacional, em que cada pessoa é importante e cada situação de nossa vida recebe dele atenção particular.
É o que acontece na formação do grupo dos apóstolos. Cada um deles tem nome e pelo nome é chamado por Jesus. Cada um tem uma história e com esta é chamado para integrar o círculo dos discípulos. Cada um tem suas lutas e expectativas, e estas são restauradas e transformadas a partir do encontro com Jesus e da permanência ao lado dele.
Ainda hoje é assim. Pelo nome, somos chamados a seguir Jesus e pelo nome somos convidados e desafiados a estar e andar com ele até o fim dos nossos dias.
O discipulado é um longo caminho de amor e serviço, no qual nossa vida é restaurada e transformada para a glória de Deus. O serviço ao outro confere significado à nossa própria vida.
A escolha foi feita minunciosamente em oração
Os Evangelhos trazem detalhes da escolha dos doze. Conforme Lucas, tudo começa com oração (Lc 6.12-13):
“Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou como apóstolos...”
É como se o ato de reunir o grupo de discípulos fosse tão importante que Jesus precisasse passar um longo tempo conversando com o seu Pai.
É significativo ver a relação entre esse tempo de oração, o chamado dos discípulos e a própria razão pela qual eles são chamados, como relata o evangelista Marcos:
“Jesus subiu a um monte e chamou para si aqueles que quis, os quais vieram para junto dele. Escolheu doze, designando-os apóstolos, para que estivessem com ele, os enviasse a pregar e tivessem autoridade para expulsar demônios.” (Mc 3.13-15)

O 1º CHAMADO É PARA ESTARMOS COM ELE
Eu confesso que passei muitos anos sem perceber que a primeira razão pela qual Jesus chamou os discípulos foi “para que estivessem com ele”..
Aprender a entender que Jesus nos chama “para estar com ele” tem sido uma caminhada significativa e difícil.
Difícil porque sempre acabo achando que a relação com Jesus é operacional; que ela é melhor na medida em que “faço” mais coisas para ele e em seu nome.
Significativa porque vou descobrindo que o ativismo gera muita superficialidade e pouca relação, e que não é isso que Jesus deseja.
O que ele quer é construir conosco uma relação de intimidade e significado, onde estar com Jesus vale mais do que fazer coisas para ele e em nome dele.
Ele passou a noite em comunhão com o Pai e o Espírito, no desejo de alimentar sua comunhão com eles e deixar que esta nutrisse e norteasse a sua convivência com o grupo de discípulos vindos de diferentes histórias, mas chamados para uma experiência única de vivência do reino de Deus.
Não importa quantos anos de discipulado tenhamos, é preciso lembrar que Jesus nos chama a aprender com ele o significado de estar com ele. Estar “sem agenda e sem atividades”. Estar para descansar, estar para ser consolado, para ser reorientado. Estar para estar. É muito bom descobrir isso!

CONCLUSÃO - MARIA ESCOLHEU A MELHOR PARTE
No memorável encontro na casa de Maria e Marta, fica claro o que significa ser chamado para estar com Jesus. Enquanto Marta está ocupada com mil coisas, movida por uma grande necessidade de ser uma boa hospedeira para o Mestre, Maria senta aos pés dele, e sua atitude é reconhecida como a melhor escolha. Jesus diz que “Maria escolheu a boa parte” e que esta não lhe será tirada. (Lc.10.38-42).
Esta “boa parte” está reservada também para nós, e o caminho para ela é aprender a estar com Jesus.
Fonte: Ultimato
















quinta-feira, 2 de junho de 2011

John Stott: 90 anos de vida com Deus

Nascido em 27 de abril de 1921, na Inglaterra, John Stott completou 90 anos de vida, dos quais, a maior parte ele tem dedicado ao Senhor Jesus. Considerado um dos evangélicos mais respeitados em todo o mundo, Stott tem dado uma contribuição decisiva para a Igreja Cristã e Evangélica nas últimas décadas. Sem dúvida, a sua maior colaboração tem sido na produção e distribuição em larga escala de seus livros, tais como o best seller A Cruz de Cristo, A Mensagem de Romanos e Cristianismo Básico.

Ele foi apontado em 2005 pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Segundo site da Editora Mundo Cristão, John Stott se tornou ainda mais conhecido depois do Congresso de Lausanne, em 1974, quando se destacou na defesa do conceito de Evangelho Integral, uma abordagem cristã mais ampla, abrangendo a promoção do Reino de Deus também na transformação da sociedade a partir da ética e dos valores cristãos.  

Em nossos dias, quando vemos que tantas pessoas gastam o seu precioso tempo com leituras de livros e outras literaturas que pouco ou nada contribuem para a edificação cristã, é reconfortante saber que Deus tem preservado a vida de um homem valoroso como John Stott. Como pastor e  escritor cristão, tem sido certamente uma das vidas mais dedicadas à causa do Evangelho no século XX e início do século XXI. Oremos para que Deus continue lhe concedendo saúde e que ele se mantenha exercendo a função de importante defensor da Teologia Ortodoxa. 

Seguem algumas afirmações de Stott, extraídas de algumas de suas obras:

“Apesar da grande importância do seu ensino, exemplo e obras de compaixão e poder, nenhuma destas coisas ocupava o centro da missão de Jesus. O que lhe dominava a mente não era viver, mas dar a sua vida”.       A Cruz de Cristo, Editora Vida, p. 25.

“O amor não é egoísta. A essência do amor é abnegação. O mais miserável dos homens pode ocasionalmente demonstrar nobreza de caráter, mas isso resplandecia na vida de Jesus como uma chama cujo brilho é inextinguível” - Cristianismo Básico, Ed. Ultimato, p. 56.

“Ressentimo-nos das intrusões de Cristo à nossa vida privada, sua exigência de nossa homenagem, sua expectativa de nossa obediência. Por que é que Ele não cuida de seus próprios negócios, perguntamos petulantemente, e nos deixa em paz? A essa pergunta Ele instantaneamente responde dizendo que nós somos o seu negócio e que jamais nos deixará sozinhos” – A Cruz de Cristo, Ed. Vida, p. 47.

“Confesso ser crente na necessidade indispensável da pregação, tanto para o evangelismo quanto para o crescimento saudável da igreja. A situação contemporânea torna mais difícil a pregação, mas não a torna menos necessária” - Eu Creio na Pregação, Ed. Vida, p. 9.

Pr. Marcio Rogério Gomes David é diretor do setor Ceará da Igreja Adventista da Promessa