sexta-feira, 14 de março de 2014

O evangelho segundo Google

Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. (I Timóteo 4.12).
Ano 2014. Quem nasceu em 82, está completando 33 anos. E quem nasceu em 71 completa 43 e por aí vai… Gerações, gerações e gerações.
O tempo passa e vemos: “Quanta tecnologia”, “Quanta coisa nova”, “Geração Pós-Modernidade” (pois passou do moderno). Geração do Twitter, do Facebook, do Whatsapp, da progressiva, do Galaxy, Iphone, Ipod, Ipad … Já inventaram mais algum? Geração que tem na mente respostas rápidas em um click. E o que não sabem é só digitar: www.google.com.br.
“A igreja do futuro!”, diriam alguns conservadores. Mas, está na cara: é a igreja de hoje. Geração pensante, crítica, exigente, conectada. Geração do “AFF”, “TIPO ASSIIIMMM”, “TÔ BOIANDO”, “CHOQUEI”, “MARA”, “DEMORÔ”, “COLAÍ”, “PAGA-PAU”, “ELE É O CARA”. Geração que não entende as gírias antigas como: “BROTO”, “SUPIMPA”. Meu! É a geração Tropa de Elite e não do 007. É a geração que se incomoda ao ouvir: “Na minha época, as coisas eram muito diferentes”. E realmente eram diferentes, mas o discurso é que as coisas feitas no passado são melhores das que são feitas agora.
De forma alguma devemos desprezar o passado, mas temos de entender que não era melhor no passado e pior hoje, ou pior no passado e melhor hoje, e sim, que é apenas DIFERENTE. Geração não tem padrão. Geração é geração.
Como você imagina Deus? Deus mudou ou muda? Deus entende sua geração? O que é novo é profano? E o que é velho é sagrado?
Mas, assim como todas as gerações, temos pontos fracos. No mundo business ela é chamada de geração Y: imediatista, individualista, quer reconhecimento rápido, infiel às suas empresas. Leva quem pagar mais.

E dentro das igrejas, os jovens têm vivido, cada vez com mais freqüência, o evangelho segundo “Google”, pois querem respostas rápidas e que satisfaçam às suas procuras.
Hoje, o Google é, sem dúvida, a página mais visitada na internet em todo o mundo por oferecer comodidade e respostas rápidas. No momento em que este texto estava sendo feito, tinha três janelas abertas referentes a pesquisas feitas no Google. Porém, nossa geração não pode se acomodar e exigir respostas de Deus, com a mesma velocidade e variedade que obtemos no Google. Pois Deus é espiritual e sabe daquilo que somos capazes de fazer se ele agisse assim.
Geração Touch Screen, entenda que as gerações passam e muitas coisas mudam como: metodologia de ensino, evangelismo, música, liturgias, etc. Mas, uma coisa temos que compreender, a palavra de Deus e seu modo de agir não mudam.
Deus é único, eterno e não muda, mas entende a geração Y, X, Z e as outras que irão surgir. Deus é jovem como você e velho como os demais. No entanto, não negocia princípios e nem se deixa corromper. Deus quer ser amado, amigo, brother, truta. Deus quer que você ore, bata um papo ou troque uma ideia com Ele. Deus é o Senhor das gerações, conhece e entende cada uma delas e sabe quando ela se corrompe ou se apostata dele, mas também sabe quando tem uma geração que quer se achegar a ele.
Até onde nossa relação com Deus tem sido superficial a ponto de exigir dele imediatismo da mesma forma que fazemos com nossa vida secular como: trabalho, estudo, namoro etc.?
“Se acheguem a Deus e ele vos achegará a vós.”

Dc. Anderson Zanella congrega na IAP em Itatiba (SP).

terça-feira, 11 de março de 2014

Lenda do João de Barro



            
  Conta uma lenda indígena que, há muito tempo, numa tribo do 
   sul  do  Brasil ,  um jovem apaixonou-se por uma moça de grande beleza.    Melhor  dizendo:  -  apaixonaram-se. Jaebé ,  o moço ,  foi pedi-la em    casamento. 
   O  pai dela perguntou:
  - Que provas podes dar de sua força    para pretender  a  mão da moça mais formosa da tribo? 
As provas do meu    amor!  -  respondeu  o  jovem. 
   O  velho gostou da resposta mas achou o    jovem  atrevido.  Então disse:  -  O último pretendente de minha filha    falou  que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia. Eu digo    que  ficarei  nove  dias  em  jejum  e  não  morrerei. 
    Toda a tribo se    espantou  com  a  coragem  do jovem apaixonado. O velho ordenou que se
 e  ficaram  dia  e  noite  vigiando  para  que  ele  não saísse nem fosse    alimentado.  A  jovem  apaixonada  chorou e implorou ao deus Lua que o    mantivesse  vivo  para seu amor. O tempo foi passando. Certa manhã , a    filha pediu ao pai:  -  Já  se passaram cinco dias. Não o deixe morrer.
   O velho respondeu:  - Ele é arrogante. Falou nas forças do amor. Vamos    ver  o  que  acontece.  E esperou até a última hora do novo dia. Então    ordenou: - Vamos  ver o que resta do arrogante Jaebé. Quando abriram o    couro da anta , Jaebé saltou ligeiro. Seu olhos brilharam, seu sorriso    tinha  uma  luz  mágica. Sua pele estava limpa e cheirava a perfume de    amêndoa. 
    Todos se espantaram. E ficaram mais espantados ainda quando o    jovem , ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro enquanto seu    corpo , aos poucos, se transformava num corpo de pássaro! E exatamente    naquele  momento ,  os raios do luar tocaram a jovem apaixonada ,  que    também  se  viu  transformada em um pássaro. E, então, ela saiu voando    atrás  de  Jaebé , que a chamava para a floresta onde desapareceu para sempre.  
    Contam  os índios que  foi assim que nasceu o pássaro joão-de-barro.
   A prova do grande amor que uniu esses  dois jovens está no cuidado com    que  constrói  sua  casa  e  protegem  os filhotes. E os homens amam o    joão-de-barro porque lembram da força de Jaebé, uma força que vinha do    amor e foi maior que a morte.


 

(Lenda indígena )