quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Moisés – Renúncia, mansidão e fidelidade


“Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado ser chamado filho da filha de Faraó”. Hebreus 11: 24


INTRODUÇÃO:
“Vários intérpretes supõem que Moisés poderia tornar-se o Faraó seguinte, se tivesse permanecido no agrado da corte egípcia. Não temos meios para julgar tal possibilidade. Seja como for, ele tinha muito a perder se abandonasse sua privilegiada posição; e, do ponto de vista natural, nada tinha a ganhar, senão a miséria, ao identificar-se com o povo escravizado. Moisés desistiu de uma invejável posição, das riquezas da casa real, do prestígio da elevada posição oficial. Ele deve ter sido informado relativamente cedo a sua vida, acerca de sua verdadeira origem. Durante anos ele pode observar a brutalidade dos egípcios e a triste sorte de seu povo. Tudo isto contribuiu para deixá-lo revoltado; e compreendeu que algum dia seria obrigado a defender a justiça, a despeito de quais quer sacrifícios pessoais que isto envolvesse.” (O Novo Testamento Interpretado, Vol. 5, pg. 631).
Além da renúncia de seus privilégios na corte egípcia, em favor do seu povo, Moisés foi um homem de marcante perseverança. Seu caráter firme e denodado fez com que Deus o escolhesse para uma missão especial: o livramento dos israelitas das mãos de Faraó. O cativeiro estava chegando ao fim, segundo a palavra a Abraão (Gênesis 15: 13-14); por isso Moisés foi preparado de maneira também especial, para realizar aquele trabalho (Êxodo 3). A partir da libertação, começa uma caminhada em demanda das terras prometidas por Deus aos descendentes de Abraão. Essa caminhada demorou 40 anos de viagem e paradas pelo caminho. Seguindo esse percurso e as circunstâncias que o envolveram, ver-se-á a fé inabalável de Moisés, que o fez homem de perseverança, de confiança e decisão que resultaram num líder valoroso. As ricas lições de vida de Moisés devem ser para o povo de Deus da atualidade - um espelho no qual todos precisam mirar e buscar aqueles exemplos dignos de verdadeiro cristão.

I – RENÚNCIA

Entre os significados de renúncia, temos os seguintes: “rejeitar, recusar, não querer, abdicar, desistir de, etc.”. Tudo isto fez Moisés, o grande profeta de Deus. O fato de deixar ele o palácio (estava com 40 anos), para visitar seus irmãos cativos, já era a mão de Deus operando. Lá entre seu povo pode perceber a ingratidão do cativeiro. As tarefas impostas, a violência dos mestres ou fiscais de obra, contribuíram para que Moisés tomasse a decisão do que era homem de letras, das promessas feitas por Deus aos descendentes de Abraão, entre os quais, ele se incluía. Pela fé, diz a Bíblia, Moisés trocou todos os privilégios e direitos ao trono de Faraó, preferindo sofrer os vitupérios e direitos ao trono de Faraó, preferindo sofrer os vitupérios como o povo de Deus, porque aí a recompensa seria eterna e não passageira. Atitudes dessa natureza marcam a vida da pessoa, fazendo-a corajosa, destemida e confiança nas promessas divinas.

II – MANSIDÃO E FIDELIDADE

Mansidão e fidelidade eram também qualidades na vida e no caráter de Moisés. Quando formos estudar a recíproca na vida do povo de Deus, veremos como são requisitos necessários a uma vida vitoriosa. Se Moisés não fosse um homem manso, não teria suportado o povo durante quarenta anos. A fidelidade também o manteve em seus compromissos com Deus e com os líderes da nação. Tudo formava um conjunto harmonioso de virtudes morais e espirituais.

III – RESPONSIBILIDADE

A responsabilidade é que dá nobreza de caráter. Moisés não era tímido, pusilânime, mas demonstrava ser um homem determinado, capaz e responsável.
Nos dois casos referidos pelas perguntas, encontramos duas circunstâncias: uma material, outra espiritual. Nas decisões como líder civil daquele povo, ele soube receber conselhos e instruções do sogro e de maneira sábia aplicar para o bom andamento dos negócios. No sentido espiritual, não lhe faltou responsabilidade séria para interceder pelo povo. Era realmente preparado para a liderança dos seus irmãos.

IV – A RECÍPROCA DEVE SER VERDADEIRA

Deus quer representantes autênticos, filhos da luz, que possam brilhar pelo testemunho e pela palavra. O SENHOR Jesus cumpriu na cruz a Sua parte, garantindo a justificação sem que o pecador necessite pagar por ela. Neste sentido ela é gratuita. Mas, as práticas da vida religiosa, bem determinadas pela Bíblia, são uma necessidade insubstituível ao servo de Deus que deseja a salvação. Moisés foi salvo também pela graça (Tito 2: 11), pois pela fé nele funcionou como uma alavanca altamente poderosa. Mas, pudemos observar que seus exemplos de boas obras, de trabalho e de fidelidade marcaram-lhe a vida de maneira extraordinária. É exatamente assim que Deus quer o Seu povo: especial, zeloso e de boas obras. Embora essas obras não tenham nenhum poder para justificar o crente, porque se assim fosse, qualquer pessoa poderia reivindicar a justificação como retribuição pelo seu esforço. Isto é flagrantemente contrário aos ensinos da Bíblia.
Aprendemos nestes estudos que o homem uma vez perdoado deve aceitar e praticar a vontade soberana do Altíssimo. Os textos mostram a necessidade de fidelidade. Que é isto, senão o respeito e obediência às determinações bíblicas que mostram os deveres dos crentes como pessoas lavadas no sangue da redenção e santificadas pelo Espírito Santo? Se não houver na vida cristã a prática do temor a Deus, a pessoa é considerada rebelde e desobediente, perante a Palavra de Deus, a Bíblia.
Eis por que aprendemos com Jesus a renunciar como Moisés, se quisermos segui-Lo. Moisés vendo o invisível, não entendeu que o alcançava só pela promessa, mas sabia que teria de fazer algo de sua parte para chegar lá. Assim deve ser a vida cristã. Aprendemos ainda que é necessário responsabilidade no trabalho, como líderes da Igreja; e, sobretudo, na vida religiosa, sendo tementes a Deus, como nos ensina a sã doutrina e não as filosofias de mestres de mentes cauterizadas.
Se esse é o caminho, vamos andar por ele, pois o seu fim será às portas das mansões eternas.

Pastor Genésio Mendes (adapt.) Lições Bíblicas, 1993
via: gruporesgate2.blogspot.com

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Amor do Pai

46ª Assembleia Geral enfoca Deus como Pai que corrige e abraça

O amor do Pai derramado sobre o coração dos filhos. Esta pode ser a síntese da 46ª Assembleia Geral da IAP, realizada na Estância Árvore da Vida, em Sumaré (SP), nos dias 26 a 28 de novembro de 2010. Foram momentos de restauração e reconciliação junto ao Pai que ama, salva, perdoa pecados e oferece a vida eterna. Cerca de 900 membros participaram de todo o evento, que começou na sexta pela manhã, com louvor a Deus, liderado pelo Departamento de Música, e a mensagem pregada pelo Pr. Airton da Silva Correa.

O Pr. José Lima, presidente geral da IAP, ministrou uma palavra de ânimo aos trabalhadores da obra de Cristo. “As aflições sofridas pela família de Deus procedem do Pai celeste para o nosso bem. Por toda a Bíblia Sagrada se vê Deus por trás das nossas tribulações, controlando e usando nossos sofrimentos para aperfeiçoar o nosso ministério e usar o nosso sofrimento ministerial para edificar a sua igreja” – comentou o pastor.
Em seguida, foram apresentados os relatórios da Tesouraria e Secretaria, mostrando com transparência os números da igreja. A discussão sobre a reforma administrativa se iniciou na sexta pela manhã e se estendeu durante toda a tarde e também no domingo de manhã. Em breve, publicaremos no Portal IAP as principais resoluções.
À noite, os participantes da Assembleia foram edificados pelo relato dos pastores e missionários da IAP que atuam no exterior. Eles falaram sobre as dificuldades que enfrentam, mas em cada depoimento, se sobressaiu um testemunho de vitória ou milagre que o Senhor operou, mostrando que Deus não os deixa desfalecer. O Pr. Alessio Gomes, diretor do Departamento de Missões e Evangelismo, fez o lançamento da III fase do Projeto “Um Milhão de Contatos Missionários”.
Durante todo o sábado (27), foi desenvolvido o Projeto Santificar, com base no tema “O Amor do Pai”. Verdadeiramente, os filhos de Deus saíram dali abraçados e reconciliados com o Senhor. Pela manhã, antes de iniciar o sermão, o Pr. Hermes Brito, vice-presidente geral da IAP, fez um depoimento emocionado, rasgando seu coração diante de toda a Assembleia. Era o início do mover de Deus naquele dia.
Em sua mensagem, ele falou sobre “O Amor do Pai e a Salvação dos Filhos”, ressaltando aspectos que mostram porque a salvação de Deus é singular: por sua base, por sua oferta, por sua extensão, por sua condição e por sua dádiva.
“O Amor do Pai e a Comunhão dos Filhos” foi o tema desenvolvido durante a tarde. Inicialmente, pregou o Pr. José Wilbert Magalhães, que falou sobre a essência da comunhão dos filhos com o Pai. Em seguida, o pr. Alexandro Jorge da Silva explanou sobre a evidência da comunhão dos filhos com o Pai e levou todos os presentes e refletirem sobre o relacionamento com o próximo.
O terceiro mensageiro da tarde foi o Pr. Alan Rocha que, com muita sabedoria, apresentou os resultados da comunhão dos filhos com o Pai. Os três magníficos resultados são: o coração tranquilo, a oração respondida e a comunhão testificada. Durante toda a tarde, houve muito clamor e lágrimas diante do Senhor.
À noite, chegou o momento de abordar “O Amor do Pai e a Imperfeição dos Filhos”, que ficou sob a responsabilidade do Pr. José Lima. Ele falou sobre a parábola do filho pródigo (Lucas 15), mas enfocando sobremaneira o pai. “O personagem central da parábola é o pai, e não o filho”, ressaltou ao iniciar. Movido pelo Espírito Santo, fez todos se enxergarem como filhos pródigos precisando voltar ao abraço do pai. O pecado, a autossuficiência e o comodismo foram alguns dos fatores citados por ele, que nos afastam do Pai.
Ao final, foi glorioso testemunhar o arrependimento que Espírito Santo trouxe à igreja, pois muitos pastores foram os primeiros a se ajoelharem diante do altar do Senhor, seguidos pelos diáconos e líderes. O quebrantamento visto ali reflete o que Deus está fazendo por toda a IAP, que deseja ser santa para o Deus Santo.
Outro destaque foi o testemunho da irmã Simone, que foi evangelizada pela equipe de capelania no presídio feminino de Santana (SP). Todos puderam ver a mensagem do amor do Pai, encarnada naquela filha, que esteve envolvida em drogas e prisões, mas voltou para a casa do Pai e ganhou a liberdade dias antes da Assembleia.
O Pr. Genésio Junior pregou no domingo pela manhã quando, mais uma vez, todos se colocaram diante do Senhor, ainda desfrutando da intensa presença dele naquele local.
Enquanto isso, os jovens pastores – casados ou noivos – e os seminaristas e missionários solteiros recebiam também os ensinamentos e a presença do Senhor, num evento planejado especialmente para eles, pelo Departamento Ministerial, que ocorreu na sexta pela manhã e no domingo pela manhã. Para glória de Deus, vários casais e solteiros relataram que foram edificados e restaurados pelo Espírito Santo.
Ao final da Assembleia Geral, nos rostos havia um sorriso de alma lavada, como filhos que se reaproximaram do Pai e foram aceitos por ele, e nos corações, a certeza de que foram dias inesquecíveis para a igreja de Cristo.

Fonte: www.portaliap.com.br

Nicodemos


Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus (João 3:3).

Nicodemos

Na atualidade, provavelmente consideraríamos Nicodemos, a quem o Senhor chamou de “mestre em Israel” (v. 10), um brilhante teólogo. Tinha ouvido muito sobre o Senhor Jesus e ficara tão im­pressionado pelos sinais que Ele realizava, ao ponto de desejar ver e falar com o Senhor.

De tudo o que ouvira e vira, Nicodemos concluiu que o Senhor Jesus tinha de ter vindo de Deus, “porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele” (v. 2). E nisso estava certíssimo. Os milagres feitos pelo Senhor Jesus eram os “sinais” com os quais provava que havia sido enviado por Deus e que era Filho de Deus. Porém, o que todas as pessoas precisam, e o que faltava a Nicodemos, não é tanto a ampliação do conhecimento, mas um relacionamento pessoal com Cristo na base de uma completa mudança que deve ocorrer em cada um individualmente.

O Senhor foi direto ao ponto quando aquele “mestre” iniciou a conversa. “Você tem de nascer de novo”, se quiser participar do Reino de Deus. Nicodemos foi incapaz de entender isso. Então o Senhor fez uma comparação: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (v. 6). Regeneração é um processo espiritual que produz uma vida nova e espiritual. É uma obra que Deus realiza dentro daqueles que crêem em Cristo, o Filho de Deus. Seu resultado é um modo de pensar e agir inteiramente novo, em total harmonia com a Palavra de Deus. E mais tarde a vida do próprio Nicodemos foi uma demonstração disso. Ele pôde compreender as palavras do Senhor Jesus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (v. 16).

fonte: http://www.apaz.com.br - via: http://www.extremosulgospel.com.br