Uma das palavras mais ouvidas em nosso idioma com certeza é a palavrinha “eu”. Temos uma cultura voltada para o “eu”. Uma das frases que define bem este pensamento é a do “Jeitinho Brasileiro”. Em quase todas as modalidades do cotidiano usa-se o “jeitinho” para superar as dificuldades. É a cultura do “quebra-galho”, do “faz de conta”, do “jogo de cintura”, onde o mais importante é “se dar bem”.
No Brasil tem até mesmo uma definição para este modo de vida, chamada “Lei de Gérson”. Este “lei” surgiu na década de setenta, quando o Tricampeão de Futebol Gérson fez um comercial de uma marca de cigarro afirmando que "gostava de levar vantagem em tudo” e terminava com a expressão: “certo?”.
Mas o verdadeiro nome do “eu”, quando este se encontra entronizado, exacerbado, suprimindo todas as demais virtudes, chama-se orgulho. Não me refiro aqui a alta estima natural que todo ser humano deve ter, mas ao emprego superlativo do “eu”, o egocentrismo ou egoísmo.
O orgulho teve origem no coração de Satanás que quis ser igual a Deus. Revela em si mesmo a falta de comunhão com Deus provocando um caos na personalidade. O Orgulho gera passivamente a solidão, a tristeza, a insatisfação e a ansiedade. De forma ativa percebe-se a quebra da lei civil e moral, a avareza e a agressividade.
Para vencermos o orgulho o “ego latente” temos que olhar para Jesus. A Bíblia aconselha:“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou , tornando obediente até a morte e morte de Cruz. Pelo que Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome.Fl. 2. 5-9.
O exemplo supremo é o Filho de Deus que deixou sua glória, sua posição celestial, e na forma humana deu a sua vida na cruz para que outros fossem beneficiados. E como conseqüência, recebeu após a ressurreição, o nome sobre todo nome. O caminho que Jesus oferece é: primeiro a humildade depois a exaltação, primeiro o sacrifício depois a glória, primeiro a entrega depois a conquista, primeiro a “via dolorosa” depois a avenida de ouro da nova Jerusalém, primeiro o clamor depois o louvor, primeiro a luta depois a vitória, primeiro o nada depois o tudo, primeiro a cruz depois a ascensão... O caminho é este não invente atalhos.
Você sabe por que o oceano é maior que todos os rios? É porque ele se coloca abaixo de todos eles. Ao invés de sempre dizer “eu, eu e eu...” diga Jesus, Jesus... E Jesus!!!
Por Pastor Elias Alves Ferreira