Por Pr. Elias Alves Ferreira
“Então, disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me; porque aquele que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á”. Mateus 16.24, 25.
A vida Cristã traz a mensagem de uma vida convicta. A pergunta mais simples que devemos fazer é: Cremos realmente naquilo que vivemos? Ser Cristão é antes de tudo viver um quebrantamento com brandura e amor. É ainda, seguir as pisadas de Jesus, fazendo dEle o alvo supremo. Não pode haver abismo entre o “dizer” e o “ser”. O discernimento de Cristo deve ser inesquecível: “Pelos frutos os conhecereis” – Mateus 7.16. Dizer que tem fé e não agir para agradar a Deus é uma contradição. “A fé sem obras é morta” – Tiago 2.26.
Os grandes heróis da fé foram vitoriosos por que levaram uma vida de completa disciplina. As palavras “discípulo” e “disciplina” estão irmanadas entre si. A profissão de fé deve ser diária e mais em atitudes do que em palavras.
Numa linguagem clara Jesus afirmou que o verdadeiro discipulado envolve: Autodisciplina voluntária - “Se alguém quiser”, autonegação - “renuncie-se a si mesmo” - compromisso com a cruz pessoal – “tome a sua cruz” e por último, submissão e ação - “siga-me”.
A autodisciplina é importante por que demonstra que somos livres e podemos optar. Deus nos fez seres livres. Não nos formatou, ao contrário, nos dinamizou. Podemos escolher nosso futuro. Mas autodisciplina também revela a cruz, a qual implica lutas e dificuldades. Muitos discípulos dos dias de Cristo não entenderam e “tornaram para trás e já não andavam com ele” – João 6.66. É no exercício diário que se prepara o atleta.
De uma forma intensa, autodisciplina culmina com “Perder a vida”. Perder a vida significa desprezar o que é errado, entregar totalmente a Deus e substituir tudo por Jesus. Esta perda, no entanto, se transforma em ganho, em lucro de “cem vezes mais e por fim a vida eterna” – Mateus 19.29.
Porém, este estilo de vida somente tem valor se for feita em amor. Assim diz o texto: “quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á”. A condição primária é o amor, por que tudo que foi feito por nós, foi movido por este indispensável atributo.
A humanização, a morte e ressurreição do Senhor é expressão do amor eterno para que tenhamos “... vida e vida em abundância” – João 10.10.