“Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado ser chamado filho da filha de Faraó”. Hebreus 11: 24
INTRODUÇÃO: “Vários intérpretes supõem que Moisés poderia tornar-se o Faraó seguinte, se tivesse permanecido no agrado da corte egípcia. Não temos meios para julgar tal possibilidade. Seja como for, ele tinha muito a perder se abandonasse sua privilegiada posição; e, do ponto de vista natural, nada tinha a ganhar, senão a miséria, ao identificar-se com o povo escravizado. Moisés desistiu de uma invejável posição, das riquezas da casa real, do prestígio da elevada posição oficial. Ele deve ter sido informado relativamente cedo a sua vida, acerca de sua verdadeira origem. Durante anos ele pode observar a brutalidade dos egípcios e a triste sorte de seu povo. Tudo isto contribuiu para deixá-lo revoltado; e compreendeu que algum dia seria obrigado a defender a justiça, a despeito de quais quer sacrifícios pessoais que isto envolvesse.” (O Novo Testamento Interpretado, Vol. 5, pg. 631).
Além da renúncia de seus privilégios na corte egípcia, em favor do seu povo, Moisés foi um homem de marcante perseverança. Seu caráter firme e denodado fez com que Deus o escolhesse para uma missão especial: o livramento dos israelitas das mãos de Faraó. O cativeiro estava chegando ao fim, segundo a palavra a Abraão (Gênesis 15: 13-14); por isso Moisés foi preparado de maneira também especial, para realizar aquele trabalho (Êxodo 3). A partir da libertação, começa uma caminhada em demanda das terras prometidas por Deus aos descendentes de Abraão. Essa caminhada demorou 40 anos de viagem e paradas pelo caminho. Seguindo esse percurso e as circunstâncias que o envolveram, ver-se-á a fé inabalável de Moisés, que o fez homem de perseverança, de confiança e decisão que resultaram num líder valoroso. As ricas lições de vida de Moisés devem ser para o povo de Deus da atualidade - um espelho no qual todos precisam mirar e buscar aqueles exemplos dignos de verdadeiro cristão.
I – RENÚNCIA
Entre os significados de renúncia, temos os seguintes: “rejeitar, recusar, não querer, abdicar, desistir de, etc.”. Tudo isto fez Moisés, o grande profeta de Deus. O fato de deixar ele o palácio (estava com 40 anos), para visitar seus irmãos cativos, já era a mão de Deus operando. Lá entre seu povo pode perceber a ingratidão do cativeiro. As tarefas impostas, a violência dos mestres ou fiscais de obra, contribuíram para que Moisés tomasse a decisão do que era homem de letras, das promessas feitas por Deus aos descendentes de Abraão, entre os quais, ele se incluía. Pela fé, diz a Bíblia, Moisés trocou todos os privilégios e direitos ao trono de Faraó, preferindo sofrer os vitupérios e direitos ao trono de Faraó, preferindo sofrer os vitupérios como o povo de Deus, porque aí a recompensa seria eterna e não passageira. Atitudes dessa natureza marcam a vida da pessoa, fazendo-a corajosa, destemida e confiança nas promessas divinas.
II – MANSIDÃO E FIDELIDADE
Mansidão e fidelidade eram também qualidades na vida e no caráter de Moisés. Quando formos estudar a recíproca na vida do povo de Deus, veremos como são requisitos necessários a uma vida vitoriosa. Se Moisés não fosse um homem manso, não teria suportado o povo durante quarenta anos. A fidelidade também o manteve em seus compromissos com Deus e com os líderes da nação. Tudo formava um conjunto harmonioso de virtudes morais e espirituais.
III – RESPONSIBILIDADE
A responsabilidade é que dá nobreza de caráter. Moisés não era tímido, pusilânime, mas demonstrava ser um homem determinado, capaz e responsável.
Nos dois casos referidos pelas perguntas, encontramos duas circunstâncias: uma material, outra espiritual. Nas decisões como líder civil daquele povo, ele soube receber conselhos e instruções do sogro e de maneira sábia aplicar para o bom andamento dos negócios. No sentido espiritual, não lhe faltou responsabilidade séria para interceder pelo povo. Era realmente preparado para a liderança dos seus irmãos.
IV – A RECÍPROCA DEVE SER VERDADEIRA
Deus quer representantes autênticos, filhos da luz, que possam brilhar pelo testemunho e pela palavra. O SENHOR Jesus cumpriu na cruz a Sua parte, garantindo a justificação sem que o pecador necessite pagar por ela. Neste sentido ela é gratuita. Mas, as práticas da vida religiosa, bem determinadas pela Bíblia, são uma necessidade insubstituível ao servo de Deus que deseja a salvação. Moisés foi salvo também pela graça (Tito 2: 11), pois pela fé nele funcionou como uma alavanca altamente poderosa. Mas, pudemos observar que seus exemplos de boas obras, de trabalho e de fidelidade marcaram-lhe a vida de maneira extraordinária. É exatamente assim que Deus quer o Seu povo: especial, zeloso e de boas obras. Embora essas obras não tenham nenhum poder para justificar o crente, porque se assim fosse, qualquer pessoa poderia reivindicar a justificação como retribuição pelo seu esforço. Isto é flagrantemente contrário aos ensinos da Bíblia.
Aprendemos nestes estudos que o homem uma vez perdoado deve aceitar e praticar a vontade soberana do Altíssimo. Os textos mostram a necessidade de fidelidade. Que é isto, senão o respeito e obediência às determinações bíblicas que mostram os deveres dos crentes como pessoas lavadas no sangue da redenção e santificadas pelo Espírito Santo? Se não houver na vida cristã a prática do temor a Deus, a pessoa é considerada rebelde e desobediente, perante a Palavra de Deus, a Bíblia.
Eis por que aprendemos com Jesus a renunciar como Moisés, se quisermos segui-Lo. Moisés vendo o invisível, não entendeu que o alcançava só pela promessa, mas sabia que teria de fazer algo de sua parte para chegar lá. Assim deve ser a vida cristã. Aprendemos ainda que é necessário responsabilidade no trabalho, como líderes da Igreja; e, sobretudo, na vida religiosa, sendo tementes a Deus, como nos ensina a sã doutrina e não as filosofias de mestres de mentes cauterizadas.
Se esse é o caminho, vamos andar por ele, pois o seu fim será às portas das mansões eternas.
Pastor Genésio Mendes (adapt.) Lições Bíblicas, 1993
via: gruporesgate2.blogspot.com
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