Por Pastor Elias Alves Ferreira
"Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer a um e amar ao outro, ou há de entregar-se a um e não fazer caso do outro. Vós não podeis servir a Deus e as riquezas" Lucas 16.13
A questão do apego aos bens materiais é bastante estudada. O assunto parece ser suficientemente conhecido, mas entendemos ser válido, uma vez mais, refletir sobre ele.
O apego aos bens materiais é um dos sérios obstáculos espiritual. Porque nossa confiança em Deus é bastante frágil. Preocupamo-nos, excessivamente, com o futuro. O medo de sofrer privações nos leva a estarmos sempre buscando segurança precauções, prevenindo-nos contra os imprevistos da vida.
É claro que devemos nos precaver, planejar a vida, prevenir o futuro, enfim fazer a nossa parte. Mas estamos falando do exagero, dos excessos, da preocupação excessiva com os bens materiais, como se tudo dependesse do dinheiro, ou como se com ele tudo resolvêssemos. "Guardai-vos e acautelai-vos de toda avareza, porque a vida de cada um não consiste na abundância das coisas que possui",disse-nos Jesus.
Ouvimos alguém classificar a avareza como estúpida, ridícula e feroz. A avareza estúpida é aquela em que a pessoa só sabe guardar. Não gasta nem com ela mesma. Torna-se escrava do dinheiro. Passa falta de um determinado bem, e não o compra, mesmo podendo, para não gastar.
A avareza ridícula é aquela em que a pessoa só gasta consigo mesmo. Para ela tudo, para os outros nada. Viagens, passeios supérfluos, tudo para si próprio é muito bem empregado, mas não tem condições para nada fazer em favor dos outros.
A avareza feroz é aquela dos grupos financeiros fortes, grandes capitais, que para acumular mais e mais se lança mão de todos os meios, mesmo ilegais, ou imorais. E assim distribui-se a miséria para muitos, enquanto uns poucos as têm. Esta é a avareza feroz.
A riqueza não é obstáculo absoluto à salvação. Se a riqueza fosse obstáculo absoluto à salvação, Deus estaria colocando nas mãos de alguns, instrumentos fatais de perdição, o que é inadmissível.
Porque não ajudar um pouco mais os irmãos em dificuldades materiais? A caridade material não é a mais difícil, mas é um grande teste. Quem pode praticar a caridade material, e não o faz, por falta de desprendimento, também não está qualificado para praticar a caridade moral, ou espiritual. "Nenhum servo pode servir a dois senhores".
Necessário saber o que é mais importante; saber fazer a hierarquia de valores. Se colocarmos, ainda, em primeiro lugar, os bens materiais, ainda não aprendemos a trabalhar para aquisição dos verdadeiros bens - aqueles que o ladrão não rouba e a traça não consome. Àqueles que estão baseados no Cristo que morreu, ressuscitou e voltará.
http://www.soudapromessa.com.br/Devocionais/tabid/386/articleType/ArticleView/articleId/447/Deus-ou-Mamon.aspx
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