“Os soldados, tendo tecido uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça...” – João 19:2 (a)
Coroa é símbolo de vitória e realeza. Apesar disto, um dia, de forma zombeteira coroaram Jesus com uma coroa de espinhos. Ele, conforme o Salmo 24 é o Rei da Glória, mas não foi brindado com uma coroa real, mas de vergonha.
No reino do mal deve ter ocorrido a maior das festas. Afinal, o Filho Unigênito de Deus estava recebendo o símbolo do pecado. Após o primeiro pecado, uma das conseqüências foi que a terra passou a produzir espinhos – Gênesis 3:18. Onde existir o mal, sempre existirá no mínimo, a figura dos espinhos. Quando Jesus foi coroado de espinhos, no plano espiritual, deve ter havido a imaginação de que o Deus-Homem, o Emanuel, estava para sempre destruído e que o plano de Deus havia falhado.
Ainda bem que a história não termina desta forma. Mas foi necessário para que houvesse uma identificação com todas as misérias humanas. A face é uma das partes mais sensíveis do ser humano. Imaginemos uma coroa de espinhos na fronte. Aliada a este horrível coroação, o desprezo, os escárnios, os ferimentos no corpo, uma cruz nos ombros, os pregos, a lança... a morte. Mas nisto tudo, está a loucura do Evangelho, a maior expressão de amor da parte de Deus, o segredo da vitória, porque foi em nosso lugar. Nós merecíamos aqueles sofrimentos inclusive a coroa de espinhos. Por isso não é preciso buscar a solução em alguma vida anterior ou mesmo projetar os problemas para uma vida posterior. Hoje mesmo, podemos ser aceitos e perdoados pelos Céus, e assumir para sempre uma vida abundante.
Ao terceiro dia, Jesus voltou a viver. Um poderoso anjo com aspecto de relâmpago rolou a pedra, assentou-se sobre ela e Cristo reviveu triunfante. A natureza humana foi absorvida pela Divindade. No nascimento era Deus que transformava-se em homem, na ressurreição era homem que transformava-se em Deus. A coroa de espinhos foi substituída para sempre por uma coroa de glória. O nome zombado passou a ser o nome sobre todo o nome. A via sacra passou a ser a via, a estrada da glória. E a grande esperança do cristianismo é de que na ressurreição por ocasião da Sua vinda sejamos semelhantes à Ele – 1 João 3:2. Mas notem bem: Semelhantes e não iguais. Jamais somos ou seremos iguais a Deus (Pai, Filho e Espírito Santo). Ser igual a Deus é o desejo do adversário – Isaías 14:12-14. Nos contentaremos em ser os últimos da fila, mas vestidos de branco, com os salvos de todos os tempos, na praça de ouro da Nova Jerusalém.
Isaías 55:13 anuncia que na Nova Terra, em lugar do espinheiro, crescerá o cipreste (árvore utilíssima que também é símbolo de durabilidade e proteção). Na eternidade não há lugar para o mal. Cristo é o eterno vencedor.
fonte: soudapromessa
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