No capítulo seis do livro de Isaías encontramos a vocação deste profeta que ainda nos fala fortemente ao coração.
Deus sempre chama pessoas, independente da situação. Isaías foi chamado “No ano em que morreu o rei Uzias”. O país estava num caos político e espiritual. Mesmo em meio a trovões de uma tempestade podemos ouvir a doce voz do Senhor. Aliás, é próprio de Deus fazer que flores lindíssimas brotem em lugares escabrosos.Todo o chamado genuíno traz a marca de um encontro real com a Divindade. O testemunho do Profeta foi: “... eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo”. Deus reina sobre tudo e todos e não nega a Sua presença e glória a ninguém, principalmente a alguém que fala em Seu nome. Deus se revela sempre aos que O amam. Porém, muitas vezes, para contemplar a glória do Senhor é preciso tirar os olhos das dificuldades e levanta-los ao Céu.Todo chamamento, no entanto, é para ser vivido com humildade, santificação, serviço e adoração. “Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”. Os Serafins (Anjos especiais de Deus) nesta visão possuíam seis asas representando a humanidade. O número seis na Bíblia está sempre ligado as atividades humanas. Cobrir o rosto significa humildade. Jamais devemos concorrer com a glória de Deus. No céu do Reino Eterno deve existir somente uma estrela. A estrela da manhã, o Senhor Jesus que vive para sempre. Cobrir os pés declara a santificação. Deus já deu o melhor ao mundo que foi a morte do Seu Filho Unigênito na Cruz. Da nossa parte cabe viver de acordo com a Sua vontade. Com as duas últimas asas os Serafins voavam, ou seja, movimentavam, trabalhavam. Não podemos ficar inertes, com todas as coisas a serem feitas. Deus nos quer por inteiro: Nossas mentes, nossos olhos, nossos lábios, nossas mãos, nossos pés, nosso melhor, nosso tudo. Podemos resumir todas as nossas atividades numa palavra: Adoração. Devemos adorar a Deus porque Ele é maravilhoso, glorioso, misericordioso, perdoador, perfeito, justo... e santo. Diante da Majestade Santa, Isaías sente-se pequeno e longe da perfeição que Deus deseja e exclama: “Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos”. Mas quem pode merecer alguma coisa do Senhor? Tudo que temos e somos é resultado da graça Divina. Quando Isaías sentiu-se assim, estava abrindo as portas da existência para a ação de Deus. Quanto mais esvaziarmos de nós mesmos, mais poderemos ser cheios da presença do Eterno.Podemos ver ainda a ação e o cuidado da parte de Deus no sentido de tirar todo impedimento. “Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e expiado o teu pecado”. Somente quando estamos puros podemos fazer a obra da salvação.Por último, a pergunta mais inquietante e a resposta mais acertada para o Cristão. “Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim”. O Senhor precisa de nós, mas quem está disposto?
fonte: soudapromessa
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