Por Pr. Elias Alves Ferreira
Uma das grandes mensagens da Bíblia, com certeza, é a humanização de Jesus. Foi um fato milagroso, por isso, não dá para ser compreendida sem o elemento da fé. Várias dezenas de profecias anunciavam este acontecimento com detalhes.
Como seria gerado, o lugar do Seu nascimento, a fuga para o Egito, Seu ministério prodigioso, Seus ensinos, Seu nome, Sua morte e Sua ressurreição, estavam previstos. Mas um detalhe nos leva a perguntar: Jesus foi homem ou Deus? Quando olhamos para os Textos Sagrados descobrimos que foi as duas coisas. Não fingiu ser homem e nem Deus. Numa personalidade única é percebida a humanidade e a Divindade.
Como homem nasceu de uma mulher, passou pelo processo de crescimento, sentiu fome, sede, tristeza, indignação, cansaço, dor e morte. Como Deus transformou água em vinho, perdoou pecados, andou sobre as ondas do mar, multiplicou pães, fez maravilhas, transfigurou e ressuscitou. Foi uma só personalidade porém, com duas naturezas. Como homem pode nos compreender e como Deus pode nos salvar. Como homem sentiu todas as nossas dores e como Deus pode curá-las.
Paulo diz a respeito de Jesus que “Nele, habita corporalmente, toda a plenitude da Divindade” – Colossenses 2.9. Que possuí o nome sobre todo o nome – Filipenses 2.9- 11. Que Ele é Criador e Sustentador de todas as coisas - Colossenses 1.15-17. Que Ele é “Senhor”, a quem se deve orar pedindo salvação, do mesmo modo que se invoca Iavé – Joel 2.32 e Romanos 10.9-13. Jesus é “sobre todos, Deus bendito” – Romanos 9.5, “nosso grande Deus eSalvador” – Tito 2.13.
A Bíblia proíbe o culto a anjos – Colossenses 2.18; Apocalipse 2.8-9, porém manda cultuar Jesus. Aliás, foi adorado após a ressurreição por Tomé, sem qualquer restrição: “Senhor meu e Deus meu” – João 20.28. Mas não basta apenas saber sobre Jesus é preciso experimentar, celebrar e viver. Em Apocalipse 3.20 lemos: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”.
É preciso ouvir a doce e amorável voz do Senhor. Abrir a porta do coração. Deixar Jesusentrar em toda a nossa existência. E por fim ter comunhão e celebrar a ceia, o banquete. Não uma ceia de bebidas finas, de frutas, de assados, de massas e de guloseimas. Mas a ceia do compromisso, de mudança de vida, da renovação, da paz, do amor, da alegria, da esperança, da fé e do perdão.