quinta-feira, 19 de maio de 2011

O dia que dividiu a história

Por Pr. Elias Alves Ferreira


Às vésperas do grande dia, um grupo pequeno reúne-se para Oração. O horto do Getsêmane, com sua plantação de oliveira testemunhou a maior oração da história. A tamanha tristeza levou os discípulos a adormecerem. Os anjos consolavam, enquanto Jesus, angustiado e transpirando sangue dizia: “Pai, se possível for, passe de mim este cálice, todavia, faça-se a tua vontade não a minha”.


O silêncio da madrugada foi quebrado por homens que se aproximavam com luzes e armas. Um deles, o que havia recebido o tratamento mais ilustre na ceia, o bocado de pão umedecido com vinho, O traiu vergonhosamente com um beijo. O julgamento seguido de escárnio, blasfêmia e desprezo, prosseguiu. A religião foi representada pelo Sacerdote Caifás, o Governo por Herodes e Pilatos representou Roma. Esse último, não vendo crime algum, mas pressionado, lava as mãos publicamente e O entregou para a turba enfurecida.

Aliás, o Crime de Cristo foi curar os enfermos, consolar os tristes, ressuscitar mortos, libertar cativos espirituais, ensinar as verdades eternas, dizer que era Filho de Deus e possuía um Reino não deste mundo.
Às nove horas da manhã, depois de coroa de espinhos, chicotes e os pregos da cruz.
Ao meio-dia, rejeitada a luz verdadeira, e com vergonha do seu criador, o sol não tinha motivos para brilhar e recolheu-se por espaço de três horas.

Sete frases magníficas foram pronunciadas as quais contém cuidados com os tristes, sua humanidade, perdão aos seus algozes, o Paraíso ao salteador que lhe pede e a terrível solidão.
A última frase foi às quinze horas, o horário do segundo sacrifício. Não foi suave como de tantas outras vezes, mas um brado forte, um profundo clamor ecoou no monte calvário “Está consumado”.
Não apenas o véu do templo rasgava-se, mas a história da humanidade.
Naquele instante Jesus estava consumando a nossa dor, a nossa miséria, a nossa tristeza, os nossos pecados. Aquela Cruz deveria ser nossa, mas Ele não pediu livramento aos anjos, simplesmente quis, demonstrando que nos amava apaixonadamente.

O que se seguiu foi um terremoto e o Comandante Romano, seus soldados e muitos reconheceram “verdadeiramente, Este era o Filho de Deus”.
O fim da tarde caía, um discípulo que aguardava o Reino de Deus, autorizado e num gesto de carinho, envolve-O, num fino e limpo lençol e descansa-O, num sepulcro novo.

Três dias se passam e o silêncio se quebra é a Ressurreição. Jesus voltou à vida. A melodia deixa a pausa e volta a ser entoada. O assunto principal até os confins da terra para sempre será, Jesus de Nazaré, sua vida, sua obra, sua morte, sua ressurreição e seu poder.

Este Jesus de Nazaré que um dia mudou a história poderá mudar também a sua.
fonte: www.soudapromessa.com.br


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